Truck down the road
De como vim e voltei a partir. Por onde anda o Blues e por onde ando eu.
Às 22h parou um táxi debaixo da janela dele, que, a essa hora, olhava a TV de olhos abertos, mas, certamente, longe dali, já no décimo sono, como diziam em casa quando eu era pequeno. Depois de dez dias vagando em países alheios, papai chegava em casa de novo, sorrindo e acenando para cima, onde, janela adentro, se insinuava, discreto, o topo de uma tímida árvore de Natal, armada na ausência do pai. É assim que eu volto pra casa.
Estive hospedado num pedaço de porto onde pululavam chineses, cingaleses, indonésios e toda sorte de marinheiro oriental. Cruzei o Prata de navio, tomei avião, carro, ônibus e metrô. Sempre pelo caminho mais lento, pelo mais longo trajeto. Sempre de mãos dadas com o Blues. Na ida e na volta. Segunda-feira, parto de novo. É o Blues.
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7 comentários:
Nossa gosto mesmo de vir aqui...
me faz um bem...daqueles que preenche...Parabéns!
Ei, Ranata. Bom ver vc por aqui. Devemos um show digno de pessoas como vc, que vêm, vão e, sem ninguém pedir, deixam elogios tão simples e tão belos. Não vai faltar oportunidade. Não há que se ter pressa.
Ô bicho que anda, hein?
Desse jeito quebra a BCB (rsrsrs).
esse blogger complica minha vida, num aceita link grande, mas encurtei
http://tinyurl.com/3yfeeu
pronto! tah ai minha homenagem.
abração!
Ah, o De La Plata! Morei no Uruguai, na região de Maldonado. Mais específicamente em Punta Del Leste. Tinha o panôrama do rio da minha janela. Muitas embarcações rascunhavam suas águas. Tinha a impressão de que todo mundo sempre estava de passagem por lá. Também tenho essa impressão em Brasília.
lembranças, Lisa
Lisa, não sou de lá, mas também não sou daqui. Minha esposa, a conheci numa tal Sierra Maestra, pelos lados de Soroa e el Malecón de Havana Vieja. Meu filho, é de algum lugar entre a costa de São Paulo e a zona de vulcões, picos nevados e cordilheiras do sul do continente. Em Brasília, montamos um pequeno acampamento até Deus sabe quando. No final, não somos mesmo de lugar nenhum. De certo, só o ofício de escriba, um time de futebol, filho, esposa e uma banda de blues ... Aliás, o que mais se pode querer?
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