sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O Blues é quem manda

A última vez que postei foi para informar que eu não postaria mais. A decisão durou exatamente dez dias e caiu por terra porque essa coisa de se meter ou não se meter mais com o Blues pertence muito pouco ao músico e muito mais ao desconhecido, ao ignoto.

Na quarta-feira, aceitei o convite do Sames Blues e do Cauê Menezes para acompanhá-los no Fulô do Sertão, na 404 Norte. Além deles, estava um percussionista muito simpático, que anda com uma alva barba enorme de Papai Noel e de quem não sei o nome, mesmo tendo levado a figura até sua casa no Guará às 3 horas da manhã.

A disposição de tocar o Blues, todos sabem, é diretamente proporcional ao peso das mazelas que a gente arrasta. Acho que a saudade de São Paulo e a frustração dos meus planos me jogaram de volta ao Blues com força total esta semana. Munido de toda energia, fui ao Fulô carregando meu Fender Bassman, minha guita e o dobro, pela madrugada da capital. Valeu a pena. Foi uma das nossas melhores noites: simples, sincera, muito cool blues, very smooth, tudo super valvulado, dinâmico, maravilhoso. Quem é músico sabe do que estou falando. Pude tocar sem palheta quase a noite toda. Dava para ouvir todos os instrumentos, lindo timbre. Muito bom.

Eu ainda descansava da empreitada quando, de repente, me deparo com um presente entregue pela escritora gaúcha radicada em Brasília, Lisa Evaldt, uma doce e gentil senhora ou senhorita que desenterrou um vídeo incrível, com o Mojo Work tocado pelo Black Cat Bone em sua formação big band de rua, no CONIC, nos idos do nosso projeto Blues no Olho da Rua. Tivemos muita ousadia de fazer esse projeto tão pobre e tão divertido. Valeu a pena.

12 comentários:

spiderlucasssss disse...

Po, vídeo mto bom!

Deus saudades hehehehehehe

já entrei em contao.

Abraços

Anônimo disse...

Fala Johnny Shines,
ficou bom esse vídeo, um dos melhores que temos dessa época.
A qualidade de som está boa.

Grato à Lisa pelo registro.

E amanhã vai rolar uma bagunça de novo no Fulô.

Abração!

PS: O Noel do atabaque é o Edu Leal.
PS2: Fala Aranha, quando um fantasma sai da toca,o outro aparece também?

Anônimo disse...

Anônimo nada, sou eu mesmo!
É que esquecí a minha senha nesse negócio.

JP Charleaux disse...

Fala Cauê Anônimo,

Edu Leal, grande figura. Obrigado pela lembrança.

Acho que vou no Fulô, sim. O Aranha de repente se anima tb, né?

O Délio Pediatra acabou de me mandar uma msg dizendo que não tem plantão desse fimde e que a gente podia armar qualquer coisa na churrasqueira dele. Tá afim? Avisa o Baixão e eu aviso o Casamarela. Com o Sames, a gente fala amanhã. Tá afim?

Abs
joao

spiderlucasssss disse...

po pena q naum fiquei sabendo a tempo.

Teve mesmo ??

me avisa da próxima! heheheheheheh


Po, não estariam a fim de voltar ao CONIC não??

Se sim, contem com meu total apoio. Aquilo é mto divertido cara!

ps.: prometo levar mais alguns para integrarem a Big band hehehehehe

Abraços!

JP Charleaux disse...

Ó o cara provocando ...
Sei lá, acho que eu toparia, sim.
Só acho que a gente podia deslocar o evento pra portaria do Teatro Dulcina ou pra frente do cafezinho que tem ali, ou na Praça Zumbi, sei lá. Esse trampo de produção, de negociar, de ver se tem tomada disponível, de falar com os comerciantes é que é chato pra burro. Ah, talvez pudesse ser ali no túnel da loja de skate. Acho que ali rolava fácil e dava até pra fazer acústico total, cantando no gogó. Só não quero levar a coisa nas costas. E tem outra: sesse fim de semana vou acampar com meu filho por aí. Alguém se anima a produzir essa parada? Sei que o Casamerela andou lá pela Negro Blue ontem. Tb sei que o Sames anda meio de chuteira pendurada. P**** tô falando muito e não dizendo nada, né?

spiderlucasssss disse...

po no que eu puder ajudar...

irei entrar em contato com o Sames e o Paulo pra ver se eles podem ir tb. E ajudar nessa parte da negociação no local.

pra mim só se for no outro fim de semama.

Abraços

JP Charleaux disse...

Putz, Araña. Tenho viagem no fim de semana de 30 e 31 de agosto. Se for no 23 e 24 acho que rola. Vê lá.

Little Thin Jones disse...

Não deixe que se acabe. O blues deve continuar vivo, mesmo que seja escondido no meio da bagagem de viagem.
Não deixe que se acabe!

Abraços a todos BCB!

JP Charleaux disse...

Little Thin,

O Blues não acaba, né? Isso tem um lado bom e um lado ruim, convenhamos.

Às vezes penso muito e me pergunto: será que se um dia eu for completamente feliz vou deixar de tocar Blues e passo a tocar axé?

Mas aí, no meio dessas reflexões, pinta morte, doença, dívida ... coisas da vida, coisas do Blues.

Quando bate a desgracera é que a gente olha pros lados, vê que não tem nenhuma saída no horizonte e repete, como há muito tempo, de boca cheia: "Puta que o pariu, é o Blues". Por isso ele não morre. Pelo menos pra mim.

Anônimo disse...

seu João...

ce deu a definição que faltava ao blues !

Anônimo disse...

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