Tá virando tradição. O Black Cat Bone reuniu umas 80 pessoas neste sábado, 12 de janeiro, em frente à loja Negro Blue, no CONIC, para ouvir o melhor do Blues Rural.
Sinal do sucesso foi a presença de vendedores ambulantes e mendigos. Ainda faltaram os cães, malabaristas e os anões que cospem fogo, mas já tivemos motociclistas a caráter, sogras e crianças em número considerável.
A manhã de sábado nublado (graças a Deus) também marcou a estréia de dois excelentes canjeiros colaboradores do BCB, a senhora Makena, excelente voz negra que arrasou nos backings e nos solos e o parceiro de todas as horas, o Sr. Aranha, que mandou um Blues de verdade, cantando "Love in Vain", de Robert Johnson. Felicidade grande foi rever nosso amigo Baixão de volta à trupe, sambando alucinadamente no Blues.
A nota cômica do dia foi a presença de um dito fiscal do ECADE, querendo cobrar direitos autorais dos músicos de rua. Enfim, tudo, inclusive isso, foi a cara da cidade.
O espectador de camisa amarela trabalha recolhendo latinhas de alumínio. O que muitos chamam de "mendigo" é o que tem feito o povo ambientalista-cool brasileiro gabar-se de ser o país que mais recicla alumínio no mundo. No fim do show, ele se aproximou e disse: "Adorei a música. Muito obrigado. Só me desculpe por não constribuir com nenhuma moeda. É que eu estou passando por um momento econômico difícil". "Nós também", disse eu.
No detalhe, o gaitista Cauê Menezes, Woody Allen nos violões e o coro composto por Makena e Lucas Aranha. Como família da roça, a BCB cresce exponecialmente, agregando novos membros a cada dia. Proximamente, faremos um censo do IBGE para saber quantos, efetivamente, compõem essa pequena big band.
O próximo espetáculo será no sábado 26 de janeiro, com confetes e serpentinas.
PS: O prometido saxofonista que viria de São Paulo dar um canja veio, efetivamente. Mas, como andou na gandaia um dia antes, perdeu a hora do show.
6 comentários:
Fala Johnny Shines,
foi uma das melhores apresentações que fizemos.
O público então...nem se compara.
Pô, fazendo quase um repente e o cara vem com direitos autorais?
E o próximo espetáculo, em alguma esquina da rua mais próxima?
Abraços,
Cauê
Foi um prazer participar da apresentação!
Me diverti mto! Espero que possa participar masi vezes!
Abração a todos!
Cauê, a foto tá massa, hein? Agora, sim. Então, velho, eu tava aqui pensando ... poderíamos fazer um show para o ECADE, expondo bastante o fiscal, já que ele quer aparecer. A contabilidade oficial deu R$ 8 pra cada músico da banda, no fim de uma manhã inteira de circo sem pão. Talvez o fiscal queira participar do rateio do monto. Sairia com um par de moedas e uma chuva de vaias. Além do mais, não estamos tocando música de ninguém ali, são improvisos e composições próprias.
Pra vc, Aranha, aquele abraço! Valeu pela força e, principalmente, pelo astral, que é o que faz um circo desse andar. Seguiremos juntos, uai. Canjeiro oficial.
abs
joao
PS: Cauê, valeu pelas fotos. Tô em falta contigo.
por que vcs não deram uma sacola ou um carrinho e mandaram o fiscal ajudar o cara das latinhas ?
pelo menos seria honesto da parte dele...
pô caras, deve ser muito legal o "mega-show" de vcs.fico aqui com agua na boca...
ces pretendem vir pra sampa ?
abrs e Sucesso !
Pois é ... quando o Black Cat Bone partirá em turnê pelo mundo? Essa é a pergunta que não quer calar no meio glamouroso dos catadores de latinha.
A resposta simples sai rápido: quando tiver convite com passagem inclusa.
Mas confesso que volta e meia conversamos sobre uma série de apresentações de rua por algumas cidades. Exclusivamente na rua e por moedas. O problema é se a "gasolina" acabar no meio da estrada ...
Aquele abraço, Claudião!
joao
pô...se a gasosa acabar no meio da estrada ?
faz um mega-show no meio da estrada, pros estressados do transito....
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